Avaliação do desempenho funcional de crianças submetidas a hospitalização prolongada
Date
2023Author
RESENDE, Carlos Guilherme Freitas Albuquerque de
RODRIGUES, Giancarlos Costa
Metadata
Show full item recordAbstract
A hospitalização infantil prolongada, especialmente em seus primeiros anos de vida,
pode impactar de forma significativa o desenvolvimento neuropsicomotor, trazendo
efeitos indesejados em seu desempenho funcional, em virtude das diversas
consequências que a internação pode proporcionar. Desse modo, o objetivo da pesquisa
foi avaliar o desempenho funcional de crianças com hospitalização prolongada. Trata-se
de um estudo observacional, de caráter transversal e de campo, com abordagem
quantitativa, sendo a amostra composta por pacientes típicos e atípicos, com período de
internação igual ou superior a dez dias, admitidos no Hospital de Urgência de Sergipe
Governador João Alves Filho (HUSE). A amostra selecionada foi avaliada por meio do
Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade - PEDI, obedecendo a critérios pré-estabelecidos. O presente estudo incluiu 21 crianças, sendo 61,90% atípicas e 38,10%
típicas. Observou-se que 57,14% eram do sexo masculino, com média de 43,62 dias de
internação. Quanto à funcionalidade, houve escore inferior em crianças atípicas quando
comparado às típicas. Tornou-se notório também que a função social correspondeu ao
domínio com maiores prejuízos na amostra estudada. Ao correlacionar autocuidado e
mobilidade, mobilidade e função social, bem como autocuidado e função social entre as
crianças do estudo, evidenciou-se correlação forte entre essas variáveis. Nesse contexto,
constatou-se que a restrição ao leito impactou de forma desfavorável a funcionalidade
em ambos os grupos estudados, embora as crianças atípicas tenham manifestado
prejuízos funcionais preponderantes, determinando que a doença de base neurológica
cursa com maiores impactos negativos para a criança do que propriamente a
hospitalização prolongada.