| dc.description.abstract | A Paralisia Braquial Obstétrica (PBO) constitui uma lesão que ocorre no plexo braquial
do recém-nascido no momento do parto, causada pela tração da cabeça durante o parto
ou um mau posicionamento intra-uterino. O plexo braquial é formado por raízes nervosas
que vão de C5 a T1, sendo responsável pela inervação sensitiva e motora do membro
superior, causando uma paralisia flácida parcial ou total do membro, a depender do nível
da lesão. Diante da escassez de artigos nacionais e internacionais sobre as habilidades
motoras de crianças com PBO, surgiu o interesse em avaliar o desempenho funcional de
pacientes com esse tipo de acometimento. O objetivo geral desta pesquisa foi avaliar
o desempenho funcional de crianças com paralisia braquial obstétrica. Trata-se de um
estudo observacional, analítico, de caráter transversal, de campo e com abordagem
quantitativa. Foram avaliados 11 pacientes com diagnóstico clínico de Paralisia Braquial
Obstétrica, independentemente de seu tipo, com faixa etária de 0 a 12 anos, que
estivessem realizando fisioterapia no Centro de Reabilitação Ninota Garcia.
Foram excluídas crianças não submetidas a atendimento fisioterapêutico e que
apresentassem patologias neurológicas ou ortopédicas associadas. Com a realização deste
estudo, constatou-se que 100% das crianças foram nascidas de parto vaginal,
apresentavam PBO do tipo Erb-Duchenne, eram hipotônicas e submetidas a abordagem
fisioterapêutica. Notou-se desempenho funcional reduzido, com desalinhamento postural
estático e compensações para a execução de atividades dinâmicas, além de restrição para
a amplitude de movimento, especialmente em cotovelo. Diante disso, sugere-se que novos
estudos sejam realizados acerca desta temática, a fim de melhor direcionamento da
intervenção fisioterapêutica para restabelecimento da funcionalidade dessas crianças. | pt_BR |
