Relação da alimentação de idosos em instituição de longa permanência com a demência
Date
2020Author
COUSSEIRO, Camila Montezuma
VASCONCELOS, Géssica Nunes
CORREA, Tayná Hastlen Santos
Metadata
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Demência é um distúrbio caracterizado por um declínio na cognição envolvendo um ou mais
domínios cognitivos (aprendizado e memória, linguagem, função executiva, atenção complexa,
percepção perceptivo-motora, cognição social). Um grande número de estudos observacionais
e epidemiológicos sobre o impacto da nutrição no declínio cognitivo sugere que vários fatores
alimentares e nutricionais têm uma associação com o declínio cognitivo e a Doença de
Alzheimer, incluindo padrões alimentares, estado nutricional e o tipo e distribuição da ingestão
de ácidos graxos. Foi objetivado neste trabalho relacionar a influência da alimentação com a
progressão da demência, em idosos institucionalizados. Trata-se de uma pesquisa do tipo
descritiva, exploratória, quantitativa, delineada para estudo de caso, na qual foram avaliados 10
(dez) idosos, com idade igual ou acima de 60 anos, de ambos os sexos, pertencentes a uma
Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) localizada na cidade de Aracaju/SE. Os
instrumentos utilizados foram o Mini Exame do Estado Mental para definição da quantidade
amostral, o programa Diet Box e as Dietary Reference Intakes (DRIs) para análise do cardápio
referente a uma semana. Os valores foram organizados em planilha do Excel® (2016) para
realização de análise descritiva das variáveis observadas. A necessidade energética encontrada
nos mostra que a média do consumo para as mulheres está de acordo já para os homens, está
menor do que o indicado. Dos resultados da análise dos macronutrientes do cardápio em
questão, observou-se que os idosos ingerem quantidades adequadas, proporcionando assim, um
equilíbrio energético ideal e observou-se que o cardápio oferecido tanto qualitativamente como
quantitativamente estava com algumas deficiências nutricionais, sendo nutrientes esses com
papéis relevantes para a prevenção da demência, dentre elas as vitaminas lipossolúveis e
hidrossolúveis, além do ômega-3 oferecido a esses idosos. Diante dos resultados encontrados
faz-se necessário a intensificação de medidas de educação nutricional para melhoria do
consumo alimentar dos idosos, bem como a implantação de políticas de saúde especiais para
este grupo populacional.