Biomarcadores utilizados no diagnóstico do transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH)
Date
2022Author
SILVA, Elisama Rebeca Rodrigues dos Anjos
RIBEIRO, Gustavo Silva
Metadata
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O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é um transtorno complexo
do neurodesenvolvimento. Considerado anteriormente como um transtorno de
classe infanto juvenil, hoje em dia é reconhecido que adultos podem ter esse
transtorno. A prevalência global é de 5-10% para as crianças, sendo que dessas,
30-65% continuam com os sintomas até a fase adulta. A sua etiologia e
fisiopatologia não foram totalmente elucidadas, porém, estudos relatam causas
multifatoriais: bases genéticas, distúrbios ambientais e disfunção neurobiológica em
estruturas corticais e subcorticais, sendo o neurotransmissor dopamina, o mais
amplamente estudado. O diagnóstico do TDAH é estritamente clínico, baseado no
Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-V) e na
Classificação Internacional de Doenças (CID), como depende muito da interpretação
dos personagens inseridos no cenário do diagnóstico, torna isso algo muito
subjetivo, aumentando as chances de diagnósticos errados. Avaliando a
subjetividade do diagnóstico atual, esse projeto dedicou-se a realizar uma revisão
integrativa acerca de biomarcadores promissores para a realização de um
diagnóstico mais preciso e objetivo. Para a pesquisa, foram utilizadas as bases de
dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), National Library of Medicine
(PUBMED), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online(MEDLINE) e
google acadêmico, após avaliação dos critérios de inclusão: ano de publicação
(2017-2022, exceção de 6 artigos dos anos de 2014 e 2016) e artigos que dissertem
sobre os biomarcadores de TDAH; e critérios de exclusão, foram avaliados 42
artigos. A maioria dos estudos atuais apontam os biomarcadores químicos e
fisiológicos, Monoamina oxidase, magnésio, ocitocina e EEG como promissores,
porém, pelas limitações de estudos quanto à dificuldade de se ter um grupo
homogêneo, a difícil obtenção de uma amostra expressiva de número de pessoas
para isso, e o desafio que o TDAH apresenta por representar heterogeneidade em
sua fisiopatologia, faz com que sejam necessários muitos estudos para que um
biomarcador seja, de fato, implementado para contribuir de forma efetiva em
diagnósticos de pessoas com TDAH.