Santo Souza: vida e obra de Santo Souza.
Abstract
presente estudo surgiu no momento em que, pesquisando na Biblioteca “Jacinto
Uchoa”, sobre os poetas brasileiros e verificando o pouco conhecimento e interesse sobre a
literatura sergipana, nós: pesquisador, professor-orientador e familiares, sentimos a
necessidade de realizar este trabalho a fim de que sirva de estímulo aos colegas em continuar
este. Escolhemos o poeta Santo Souza para homenageá-lo em vida, como também, fazer
divulgação de suas obras e potencial literário, tão reconhecidos fora do nosso Estado e tão
negligenciados por todos nós sergipanos. Santo Souza, nascido em Riachuelo, Sergipe, a vinte
e sete de janeiro de mil novecentos e dezenove, funcionário público federal, aposentado, poeta
e jornalista, filho de Dona Hermínia Araújo, falecida em janeiro de mil novecentos e oitenta e
três e de Raimundo de Vasconcelos, conhecido por “Seu Maneca”. Autodidata, com várias
poesias acopladas em doze livros. Recebeu vários prêmios. Ocupa a cadeira número três na
Academia Sergipana de Letras. Seu trabalho literário é baseado em símbolos, e é apreciado
por vários poetas renomados em Sergipe e no país. Em suas criações, carregadas de alegorias
e signos transcendentais, não há lugar para o prosaísmo do dia a dia. Ela desfralda as suas asas
líricas, acalentadas por um sopro épico, abstraindo-se da realidade, introspectivo por
excelência. Daí o predomínio da angústia órfica, intemporal em sua essência. Fiel a essa
concepção órfica, busca o poeta-filósofo a transfiguração da tragédia do homem sobre a terra,
esmagado nas engrenagens do tempo e do infinito. As informações adquiridas foram obtidas através de conversas com o poeta, todas realizadas em sua casa, localizada no município de
Aracaju, no bairro Siqueira Campos.