Análise das estimativas de incidência de câncer de boca no Brasil e em Sergipe (2000 - 2010).
Abstract
Com o objetivo de analisar as estimativas de incidência de câncer de cavidade oral
no Brasil e em Sergipe publicadas pelo INCA entre 2000 e 2010, foram verificados
os números de casos e as taxas brutas de incidência previstas para Brasil, Sergipe e
Aracaju comparando-as com as dos outros Estados e Capitais brasileiros. Também
foi observada a incidência estimada para outras localizações anatômicas mais
acometidas pelo câncer. Contudo no Brasil, entre 2000 e 2010, a cavidade oral foi
uma das dez localizações anatômicas com maior número de casos novos de câncer
estimados sempre ocupando a sétima posição. Em Sergipe, entre 2000 e 2010,
houve um aumento contínuo nas estimativas de incidência saindo de 80 para 160
novos casos, com preponderância masculina (80% a 61,5%). Dentre os tipos de
câncer mais incidentes, exceto pele não melanoma, a cavidade oral passou a ser, a
partir de 2005, uma das cinco localizações com maior número de casos estimados,
ultrapassando outros sítios como cólon e reto, esôfago, estômago, melanoma ou
leucemia isoladamente. Em Sergipe, taxa bruta de incidência por 100 mil habitantes,
no caso dos homens, passou de 6,87 em 2000 para 2,70 em 2003 e chegou em
2010 com um valor igual a 9,97. O Estado que já ocupou a vigésima posição, em
2010 é o sétimo com maior incidência de casos novos por 100 mil habitantes.
Quanto às mulheres, a taxa passou de 1,72 para 4,36 colocando Sergipe na nona
posição, sendo que em 2008 chegou a ser, proporcionalmente, o quinto Estado com
maior incidência estimada de casos em mulheres. Assim o número de casos novos
de câncer de cavidade oral estimados tem aumentado a cada ano, no Brasil e em
Sergipe. Ainda há maior número de casos entre os homens, mas a proporção
homem:mulher está diminuindo.