Efeito da própolis verde sobre a carcinogênese dérmica experimental.
Abstract
O objetivo deste trabalho foi analisar o efeito da administração oral do extrato hidroalcoólico de própolis sobre a
carcinogênese dérmica em modelo experimental com roedores. Para tanto, foi realizada extração hidroalcoólica de amostra de
própolis verde (EHPV) e determinada a concentração de flavonóides. Para o ensaio biológico, foram utilizados 30
camundongos, divididos em 5 grupos (n=6): CTR (tratados com 100 mg/kg de EHPV sem indução tumoral); TUM (tratados
com água com indução tumoral); PV10 (tratados com 10 mg/kg de EHPV com indução tumoral); PV50 (tratados com 50
mg/kg de EHPV com indução tumoral); e PV100 (tratados com 100 mg/kg de EHPV com indução tumoral). A indução de
carcinogênese foi realizada no dorso dos animais com aplicações tópica de DMBA. Após 16 semanas, os animais foram
eutanasiados, para que a área do dorso do camundongo fosse submetida a exame histológico post-mortem. O número médio
de lesões induzidas em TUM (4,14±0,89) foi significativamente maior que em PV10 (2,05±1,02), PV50 (1,8±1,92) e PV100
(2,5±1,73) (p<0,05). Observou-se formação de tumores mais diferenciados nos grupos tratados com EHPV. Apenas em
PV100, observou-se formação de neoplasias in situ. Evidenciou-se menor freqüência de infiltração de estruturas nobres em
tumores dos grupos tratados com EHPV (p<0,05). Os resultados sugerem que a administração oral de EHPV inibiu
parcialmente a carcinogênese cutânea DMBA-induzida, bem como pareceu modular a diferenciação e capacidade infiltrativa
tumoral em modelo murino.