Análise das capacidades funcionais em corredoras de rua com síndrome da dor patelofemoral

Abstract

Introdução: A corrida além de fazer parte da grade de atletismo como um esporte olímpico, no Brasil grande parte da população utiliza dessa modalidade como seu principal meio de exercício físico. Uma das lesões que mais acometem corredoras é a Síndrome da Dor Patelofemoral (SDPF), estima-se que sua incidência pode chegar a aproximadamente 25 a 40% de dor no joelho relacionado à corrida. Objetivo: Fez-se de interesse avaliar as relações de capacidades físicas às habilidades funcionais dos membros inferiores em atletas amadores de corrida de rua. Métodos: A amostra foi composta por 24 voluntários em potencial, mulheres corredoras entre 18 e 50 anos, sendo 10 com e 14 sem a Síndrome da Dor Patelofemoral distribuídas em grupo Caso e grupo Controle. A dor e funcionalidade foram avaliadas através da Escala de Kujala e o teste funcional “Y Balance Test”. O valgo dinâmico foi avaliado pelo ângulo de projeção no plano frontal do joelho, registrado com câmera digital durante Corrida em esteira, e o pico de torque dos músculos do quadril e joelho foi mensurado com dinamômetro manual. Os tipos de pé e pisada foram avaliados através de uma plataforma de baropodometria. Resultados: Os dados sugerem que o desempenho para o grupo controle pelo questionário de Kujala, extensores do joelho direito e teste funcional foram superiores ao do grupo caso, não havendo relação da presença de valgo dinâmico com dor em indivíduos sintomáticos com maior prevalência do tipo de pisada supinada e pé cavo. Conclusão: Os achados apontam um défice para musculatura de quadríceps em indivíduos com SDFP, e um desequilíbrio considerável na relação I/Q. Notou-se a relação da dor com a distância percorrida, sugerindo que a dor pode oferecer limitações no desempenho do esporte.