ASPECTOS HISTÓRICOS DA APICULTURA EM SERGIPE: GERENCIAMENTO E APLICAÇÃO DE ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE APICULTURA
Abstract
A apicultura é a criação racional das abelhas do gênero Apis, a qual visa à extração e o aproveitamento dos seus produtos, além de ser uma atividade ecologicamente correta e promotora do equilíbrio dos nichos ecológicos. Destes produtos, e de sua manipulação destinada à venda, seja na forma in natura ou processada, ocorre o sustento integral ou parcial de alguns produtores, que desenvolvem a apicultura familiar ou não, promovendo o agronegócio e a sustentabilidade. Observando-se a importância da atividade apícola na esfera do agronegócio do estado de Sergipe, busca-se com este trabalho, compreender a evolução da apicultura dentro da perspectiva histórica como Arranjo Produtivo Local em Sergipe. Esta pesquisa objetivou-se em elaborar um mapeamento dos fatos históricos da apicultura sergipana com os principais problemas e avanços da atividade das regiões apícolas sergipanas, delimitadas pelo Arranjo Produtivo Local de Apicultura de Sergipe. Esta é uma pesquisa descritiva e quanti-qualitativa de análise documental e de conteúdo. Concluiu-se com esse estudo, que o estado de Sergipe iniciou as atividades apícolas em caráter de extrativismo de subsistência e lazer, e de modo primitivo. No entanto, em 1964, foi fundada a ASA (Associação Sergipana de Apicultores), um dos primeiros órgãos associativos do cenário apícola do Brasil, fato que comprovou o interesse de pequenos produtores em aderir à prática apícola. Todavia, a produtividade apícola sergipana só obteve representatividade a partir de 1999, e a promoção da organização ideológica e tecnológica da atividade deu-se a partir de 2003, com o Projeto QQC do Mel do SEBRAE e coma entrega de kits e as casas de beneficiamentos de méis e o incentivo e capacitação tecnológica da CODEVASF, que estimularam os produtores ao associativismo e cooperativismo, com o intuito de obter homogeneidade na evolução da atividade. Em 2008, a apicultura é inserida no Arranjo Produtivo Local de Sergipe, pela SEDETEC, e nesse contexto, a atividade apícola deveria impetrar parcerias de instituições governamentais e de iniciativa privada através de políticas públicas, que não obtiveram êxito, ou continuidade, o que resultou em gargalo da produtividade apícola em Sergipe.