EFEITO QUIMIOPREVENTIVO DE VARIEDADES DE PRÓPOLIS BRASILEIRA SOBRE A CARCINOGÊNESE ORAL EXPERIMENTALMENTE INDUZIDA
Abstract
Estudos têm demonstrado que componentes hidrossolúveis da própolis, como flavonóides, apresentam atividade antitumoral. OBJETIVO: Avaliar o efeito da administração oral de extrato hidroalcoólico de própolis verde e vermelha sobre displasias epiteliais linguais quimicamente induzidas em ratos. MÉTODO: Nesta pesquisa experimental quantitativa, foi pincelado DMBA (9,10-dimetil-1,2-benzantraceno) no dorso lingual de ratos 3x/semana, e, em dias alternados, administrado 100 (PROP1), 200 (PROP2) e 300 mg/kg (PROP3) de EHP verde e 100 mg/kg da vermelha (PROP4) (v.o.), durante 20 semanas. A substituição do EHP ou DMBA pelos seus veículos foi usada nos controles positivos (TUM1 e TUM2) e negativos (CTR1 e CTR2), respectivamente. O epitélio lingual foi analisado histologicamente, graduado pelo Sistema Binário e classificação OMS, e os dados comparados por análise de variância (ANOVA) (p<0,05). RESULTADOS: A média do rendimento das variedades de própolis foi de 42% e o teor de flavonóides 0,95±0,44% para própolis verde e 0,13±0,11% para variedade vermelha. Segundo o Sistema Binário, TUM1, TUM2 e PROP1 foram considerados lesões de alto risco, apresentando índices de alterações morfológicas significativamente mais elevados (p<0,05), e os demais de baixo risco. Segundo a classificação OMS, observou-se displasia moderada em TUM1 e TUM2, leve em PROP1, PROP2, PROP3 e PROP4, e ausente em CTR1 e CTR2. CONCLUSÃO: Sugere-se que os EHP possam desempenhar um papel protetor importante durante a carcinogênese lingual quimicamente induzida em ratos.