| dc.description.abstract | A Visita domiciliar é uma atribuição dos profissionais das Equipes de Saúde da Família que
possibilita conhecer o usuário no ambiente familiar, interagindo e conhecendo suas
fragilidades, necessidades e desenvolver ações de promoção, prevenção, tratamento,
acompanhamento e reabilitação da saúde. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, de
corte transversal, exploratória, descritiva, realizada no município de Aracaju durante o ano
de 2009, que avaliou a visita domiciliar na visão de 79 profissionais das Equipes de Saúde
da Família e de 216 usuários deste atendimento. A coleta de dados foi realizada através de
entrevista, com formulário validado pelo método face validity, com questões semiestruturadas.
Na análise descritiva utilizaram-se freqüências simples e relativas. Em relação
aos profissionais, o estudo mostrou 81% do sexo feminino, com idade média de 38,1 anos,
58,2% entre 5 e 15 anos no exercício da profissão; 49,4% há mais de 5 anos na atual
equipe; 77,2% das visitas são motivadas por diabetes e/ou hipertensão; 94,9% registram a
visita; 83,5% disseram planejá-la e 72,2% priorizam os agravos crônicos. O principal motivo
citado para a não realização da visita foi a violência (27,8%), 81,0% citaram como principal
facilidade ser conhecido pelo população e 98,7% acham a visita importante. Os usuários da
visita, 50,5% tinham mais de 60 anos, 77,8% do sexo feminino, 68% analfabetos funcionais,
41,7% residem há mais de 20 anos no atual endereço, 49,1% aposentados, 31,0%
desempregados; 77,3% possuem renda até 2 salários mínimo, 65,3% tem cuidador; 99,5%
acham a visita importante e 94,4% se sentem bem recebendo-a e 75,9% sabem que é
direito do usuário. Estudo mostrou que a visita domiciliar permite dar visibilidade aos
usuários acamados e com dificuldade de locomoção configurando-se em oportunidade única
de emergir no ambiente onde vivem, o domicílio. O desenvolvimento das ações de saúde
através da visita domiciliar amplia o acesso e a interação do vínculo entre equipe de saúde,
usuário, família e comunidade. A visita domiciliar, por sua complexidade é um desafio,
evidenciando a necessidade de planejar, definir critérios e aponta caminhos para seu
fortalecimento; sugere a implantação e apresenta ficha de acompanhamento que poderá
servir como ferramenta de planejamento, monitoramento e avaliação, permitindo obter
informações sempre que necessário, além de possibilitar a sua análise periódica. | pt_BR |
