ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO EM VÍTIMAS DE ACIDENTES DE MOTOCICLETAS EM SERGIPE
Abstract
No Brasil, como em outros países, os acidentes de trânsito representam um ponto grave e preocupante nas estatísticas de morbimortalidade, assumindo destaque peculiar entre as causas externas e constituindo-se em um grave problema de saúde pública e importante razão de mortes, incapacidades e sequelas, especialmente em indivíduos jovens. Os usuários de motocicleta apresentam maior fragilidade do que os dos demais veículos automotivos, visto que na ocorrência de choque existe desigualdade entre as forças e estruturas de proteção e, geralmente, o motociclista é ejetado para longe do ponto de impacto entre os veículos. Apesar dos perigos que esse meio de transporte oferece, acrescido do fator desencadeante de acidente representado pelas extensas jornadas de trabalho, existe a tendência ao aumento considerável do uso da motocicleta, inclusive como meio de trabalho. Tal tendência é observada especialmente nos centros urbanos, onde os problemas com o trânsito são maiores e mais complexos, e onde a opção por motocicletas apresenta-se como alternativa à pressão por aumento da produtividade, o que requer um deslocamento mais rápido. Tendo em vista esta perspectiva, o presente estudo procurou analisar o padrão do agravo em relação ao traumatismo craniano e seus aspectos epidemiológicos nas vítimas de acidentes de motocicletas, no período de 2004 a 2007 no Estado de Sergipe. Os dados foram obtidos em fichas de atendimento, encaminhamento para internação e prontuários médicos dos motociclistas envolvidos em acidentes de trânsito, que deram entrada em um hospital público, onde o serviço de emergência é referência. Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para a implementação de programas de prevenção de acidentes de motocicletas e subsidiar o planejamento de ações de urgência e emergência em Sergipe.