Ambientes virtuais de aprendizagem no second life: mapeando a ilha da educação
Abstract
As novas interfaces desenvolvidas para atender às necessidades do homem, nos distintos contextos
sociais, estão cada vez mais deixando de ser percebidas como aplicações especializadas para se
tornarem soluções adaptáveis, que resultam da apropriação e manipulação por um indivíduo que
tem mudado sua relação com o conhecimento. Afinal, viver na sociedade contemporânea significa
manter-se apto a acompanhar a nova dinâmica de produção e compartilhamento da informação. Este
trabalho é o resultado das reflexões acerca de um tema que emerge nas discussões sobre as novas
tendências para o uso das tecnologias da informação e comunicação nos contextos educacionais: os
mundos virtuais tridimensionais. Mais especificamente tem como objetivo discutir os critérios que
um professor pode adotar para planejar ações que promovam a aprendizagem. As referências
metodológicas são fundamentadas na pesquisa qualitativa online, numa perspectiva histórica,
realizada por meio de um estudo de caso em uma organização, a Ilha da Educação, um espaço
virtual criado dentro do Second Life. Os dados da pesquisa foram levantados por meio de entrevista
online, e da análise de documentos online. As especificidades inerentes aos ambientes foram
listadas com base em uma taxonomia para ambientes de aprendizagem. Concluiu-se que, mesmo
uma categorização dos ambientes não desconsidera a flexibilidade no planejamento de ações
educacionais intencionais nesses espaços, e, mais ainda, que a transposição de ações realizadas em
mundos virtuais bidimensionais para os ambientes de aprendizagem tridimensionais se verifica na
maioria das situações de aprendizagem, o que leva a refletir sobre as particularidades dos ambientes
3D, que potencializam práticas de simulação e representação das situações reais, tornando-os
catalizadores de uma ação inovadora de construção do conhecimento nesses novos contextos.